November 2, 2007

algumas considerações

Publicado na revista City (uma publicação baseada em NY)

"The thinness of the new atheism is evident in its approach to our civilization, which until recently was religious to its core. To regret religion is, in fact, to regret our civilization and its monuments, its achievements, and its legacy.

R: Pode-se valorizar todos esses legados da religião. Como dizem Dawkins ou Hitchens “não ser religioso não implica que não goste de música ou arte sacra” [eu até acho que nem é nada de especial]. Mas isso não implica aceitar a perpetuação de um sistema falível e dogmático. Que sejam um museu, ou um uma casa que acolhe quem precisa do consolo deles, mas não deve ser um sistema regulador da sociedade

"If you empty the world of purpose, make it one of brute fact alone, you empty it (for many people, at any rate) of reasons for gratitude, and a sense of gratitude is necessary for both happiness and decency."

R: Ou seja, vamos tratar as pessoas como ignorantes e estúpidas. Se não houver uma sensação de agradecimento ao que lhes foi atribuído de uma forma divina, as pessoas passam a ser infelizes e indecentes. Isto é uma afronta à dignidade humana. Para se ser feliz e decente é necessário estar de joelhos e sermos para sempre reverentes ao “grande olho no céu”.

"Without gratitude, it is hard to appreciate, or be satisfied with, what you have: and life will become an existential shopping spree that no product satisfies."

R: A sério?!? Como se neste momento, por exemplo, não se viva já nesse estado de consumismo exacerbado. Até mesmo os a própria religião passou a ser um aliado do consumimos, da opulência, do excesso. Franciscanos, já não há nenhum. A gratidão não deve vir de se ter sido criado por deus, mas sim por se ter a possibilidade de se estar vivo, e de sermos conscientes. E isso é graças a natureza e à biologia, não a personagens de ficção escritas pelo Homem.